Desde o início que a diferença destas crianças é tomada de forma a não excluir, mas sim integrar, respeitando e satisfazendo sempre as suas necessidades especiais. No entanto, e como é obvio, este não é um processo fácil, há sempre obstáculos que nos dificultam esta tarefa. Tivemos que enfrentar o primeiro quando conhecemos o dia-a-dia destas crianças e tivemos as primeiras impressões do efeito da sua diferença. Era uma realidade à qual ainda não tinhamos tido acesso anteriormente, mas que desejávamos trazer para a nossa própria realidade. Estranhámos, claro. Os movimentos repetidos constantemente, a obcessão por certas coisas, o comportamento desapropriado, a dificuldade em entender certos conceitos, que a nós nos pareciam básicos: tudo isto era algo de novo. Tudo isto era algo para o qual não tínhamos ainda reacção. Mas, o mais impressionante, é que institivamente e impulsionado pelo amor que estas crianças nos dedicavam, passámos a saber exactamente o que fazer, e ainda fazê-lo com o maior gosto. As dificuldades podem ter existido, mas deu-nos, com certaza, o maior prazer ultrapassá-las.
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