Em termos médicos, a surdez é categorizada em níveis do ligeiro ao profundo. Os tipos de surdez quanto ao grau de perda auditiva:
• Perda auditiva leve: não tem efeito significativo no desenvolvimento desde que não progrida, geralmente não é necessário uso de aparelho auditivo.
• Perda auditiva moderada: pode interferir no desenvolvimento da fala e linguagem, mas não chega a impedir que o individuo fale.
• Perda auditiva severa: interfere no desenvolvimento da fala e linguagem, mas com o uso de aparelho auditivo poderá receber informações utilizando a audição para o desenvolvimento da fala e linguagem.
• Perda auditiva profunda: sem intervenção, a fala e a linguagem dificilmente irão ocorrer.
Desde ponto de vista, surdez refere-se à incapacidade da criança aprender a linguagem por via auditiva e ter um desempenho académico. Em Portugal, o decreto-lei 3/2008 regulamentou a educação especial, em particular, o direito da criança surda crescer bilingue.
O facto de uma pessoa ser surda não significa que ela seja muda. A mudez é uma outra deficiência, sem conexão com a surdez. São minorias os surdos que também são mudos. Facto é que a total possibilidade de um surdo falar, através de exercícios fonoaudiológicos, aos quais chamamos de surdos oralizados. Também é possível um surdo nunca ter falado, sem que seja mudo, mas apenas por falta de exercício. Por esta razão, o surdo só será também mudo se, e somente se, for constatada clinicamente deficiência na sua oralização, impedindo-o de emitir sons.